sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O ninho - um micro habitat!
Olá "cegonhonautas"! Nos últimos dias tem sido possível vislumbrar algumas cegonhas, principalmente no ninho do Zacarias, no entanto a maior parte do tempo apenas observamos os próprios ninhos. O que foge à nossa percepção é o que se passa nesses mesmos ninhos. Estas estruturas construídas pelas cegonhas acumulam guano, restos de alimentos e outros materiais biológicos que os tornam um micro-habitat ideal para muitos invertebrados, albergando uma grande biodiversidade destes animais! Podem ser encontradas nemátodes, ovos e larvas de insectos que por sua vez atraem numerosas espécies de predadores vorazes como ácaros. Existe até um grupo de ácaros, Sub-ordem Gamasina, cuja sua presença apenas existe quando se verifica sucesso reprodutor das cegonhas. Estes ácaros predam ovos e larvas de espécies parasitas das cegonhas, o que os torna uma linha de defesa e controlo de populações de invertebrados prejudiciais para as crias. Por sua vez, ácaros em demasia podem provocar alergias, tal como nos humanos, pelo que é essencial haver um equilíbrio favorável destas populações de micro-animais para que as crias tenham um desenvolvimento saudável.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Cegonhas que ficam ou cegonhas que partem?
Actualmente, verifica-se uma tendência crescente de sedentarização no nosso país de cegonhas-brancas, o que significa que a população de cegonhas-brancas que passa o Inverno em Portugal tem crescido.
Assim, é natural que, de ano para ano, mais ninhos estejam ocupados por esta altura.
É provável que as cegonhas que têm passado as noites no ninho sejam sempre as mesmas e que devido ao bom tempo estejam a adiar a sua partida, ou mesmo, se preparem para ficar por cá a invernar.
Contudo, como é difícil distinguir diferenças entre indivíduos, para já não podemos afirmar categoricamente que são os mesmos.
Adicionalmente, é de referir também que, muitas das crias que nasceram este ano no Condoninho poderão ainda estar por cá e frequentar o ninho dos progenitores ou outros ninhos nas proximidades.
Assim, é natural que, de ano para ano, mais ninhos estejam ocupados por esta altura.
É provável que as cegonhas que têm passado as noites no ninho sejam sempre as mesmas e que devido ao bom tempo estejam a adiar a sua partida, ou mesmo, se preparem para ficar por cá a invernar.
Contudo, como é difícil distinguir diferenças entre indivíduos, para já não podemos afirmar categoricamente que são os mesmos.
Adicionalmente, é de referir também que, muitas das crias que nasceram este ano no Condoninho poderão ainda estar por cá e frequentar o ninho dos progenitores ou outros ninhos nas proximidades.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
"Birdwatching"
Olá a todos. Hoje falamos-vos de Birdwatching (Actividade de observação de aves).
Já podemos falar de dois tipos de Birdwatching: o de “sofá” e o de campo.
O Birdwatching de “sofá” é o que fazemos quando visitamos o Condoninho da Renata e observamos as cegonhas e outras aves que pelos ninhos passam, os seus comportamentos, a sua constituição física, etc, através de dispositivos electrónicos e informáticos.
O outro tipo de Birdwatching, o Birdwatching de campo, que existe há mais tempo, consiste na observação de aves a olho nú, com binóculos ou usando um telescópio, nos locais onde elas estão, como actividade de tempos livres ou inserida em estudos científicos rigorosos. É uma actividade que conjuga passeios ao ar livre, uma componente de memória visual e uma componente auditiva já que várias espécies de aves, embora não estejam à vista, podem ser identificadas através do seu canto ou chamamento.
Os birdwatchers (observadores) fazem-se frequentemente acompanhar de guias de bolso (pequenos livros de campo que os auxiliam na identificação das espécies).
Esta actividade tem ganho inúmeros adeptos em Portugal e no mundo nos últimos anos, e em Inglaterra tem já uma grande comunidade de praticantes que não esquecem o dever de conjugar as suas observações com a preservação do sossego e bem-estar destes animais.
Portugal é um local de excelência para observação de Avifauna no campo, já que usufrui de várias espécies residentes todo o ano, assim como faz parte da rota de espécies migradoras que por aqui param de passagem. Por esta altura é possível observar em alguns pontos do país várias espécies que migram para África, procurando zonas mais quentes onde passar o Inverno.
Já podemos falar de dois tipos de Birdwatching: o de “sofá” e o de campo.
O Birdwatching de “sofá” é o que fazemos quando visitamos o Condoninho da Renata e observamos as cegonhas e outras aves que pelos ninhos passam, os seus comportamentos, a sua constituição física, etc, através de dispositivos electrónicos e informáticos.
O outro tipo de Birdwatching, o Birdwatching de campo, que existe há mais tempo, consiste na observação de aves a olho nú, com binóculos ou usando um telescópio, nos locais onde elas estão, como actividade de tempos livres ou inserida em estudos científicos rigorosos. É uma actividade que conjuga passeios ao ar livre, uma componente de memória visual e uma componente auditiva já que várias espécies de aves, embora não estejam à vista, podem ser identificadas através do seu canto ou chamamento.
Os birdwatchers (observadores) fazem-se frequentemente acompanhar de guias de bolso (pequenos livros de campo que os auxiliam na identificação das espécies).
Esta actividade tem ganho inúmeros adeptos em Portugal e no mundo nos últimos anos, e em Inglaterra tem já uma grande comunidade de praticantes que não esquecem o dever de conjugar as suas observações com a preservação do sossego e bem-estar destes animais.
Portugal é um local de excelência para observação de Avifauna no campo, já que usufrui de várias espécies residentes todo o ano, assim como faz parte da rota de espécies migradoras que por aqui param de passagem. Por esta altura é possível observar em alguns pontos do país várias espécies que migram para África, procurando zonas mais quentes onde passar o Inverno.
2 tipos de migradores na Península Ibérica
Como já foi referido anteriormente, a Península Ibérica recebe dois tipos de migradores: os invernantes e os estivais reprodutores.
Os invernantes chegam geralmente do norte da Europa, procurando fugir aos rigorosos Invernos, dos locais onde se reproduzem. Encontram em Portugal e Espanha, clima menos severo e maior disponibilidade alimentar.
Os estivais reprodutores, tal como o nome indica, deslocam-se ao nosso país durante os meses mais quentes para nidificar, sendo a maioria proveniente da África subsariana. Cegonhas-brancas da Europa Central (França, Bélgica, etc.) também são possíveis invernantes em Portugal, além dos possíveis indivíduos que cá nidificam, sendo aparentemente residentes no nosso país.
Os invernantes chegam geralmente do norte da Europa, procurando fugir aos rigorosos Invernos, dos locais onde se reproduzem. Encontram em Portugal e Espanha, clima menos severo e maior disponibilidade alimentar.
Os estivais reprodutores, tal como o nome indica, deslocam-se ao nosso país durante os meses mais quentes para nidificar, sendo a maioria proveniente da África subsariana. Cegonhas-brancas da Europa Central (França, Bélgica, etc.) também são possíveis invernantes em Portugal, além dos possíveis indivíduos que cá nidificam, sendo aparentemente residentes no nosso país.
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